Reflexões de Ano Novo

Sim, mais um post dentre tantos que veremos por aí sobre promessas de Ano Novo... mas este é diferente, porque é o primeiro que ocorre no meu blog. Acho.

O Ano Novo está presente em muitas histórias arturianas, com um começo bem manjado: "Era a festa de Ano Novo em Camelot, e o Rei Arthur celebrava no seu castelo". Uma história que lembro de cara que começa assim é a do Cavaleiro Verde. Essa história começa e termina em Ano Novo, como fechando um ciclo.

A virada de ano sempre teve um valor simbôlico. Nada muda de fato de um dia para o outro, é mais um dia que vira noite, que vira dia de novo. A princípio, nada demais. Não é marcado pela passagem de um cometa, por uma aurora boreal de proporções épicas, ilhas que surgem só nesse dia nem nada extraordinário. No fundo, a virada de ano é uma contagem, um meio de mensurar o tempo, um jeito que nós, na nossa humilde humanidade, inventamos para tentar controlar ou domar o tempo. Queremos ter controle do nosso tempo, de poder acelerá-lo quando estamos tristes ou chateados, e esticá-lo ao máximo quando estamos curtindo. Assim inventamos o calendário, o relôgio, e até Stonehenge, que com sua posição revela os solstícios e a troca de estação. E inventamos o Ano Novo, claro! Desde os tempos de Stonehenge que queremos domar o tempo. Falando em povos antigos, os nórdicos (sem saber nada de Jesus) faziam uma festa de arromba perto do Natal, que na verdade era a festa de troca de estação. Esta festa durava mais ou menos duas semanas; em nossos dias separamos isso em duas festas, uma no Natal e outra na virada do ano.

E o que simboliza essa virada de ano para a gente? É um tempo de reflexão; fazemos retrospectivas sobre tudo o que rolou no ano, bom e ruim. Recordar e viver, ou reviver.

Aprendi muita coisa neste ano; me dediquei muito ao trabalho, o que rendeu mudanças no meu dia-a-dia. Me dediquei aos meus hobbies, talvez não tanto quanto gostaria, mas não deixei nenhum totalmente de lado. Viajei, conheci, vivenciei. Entre as coisas mais loucas, estive em Stonehenge. E ainda volto, não sei quando mas volto com certeza.

E as promessas de ano novo? Todo mundo tem alguma. Eu percebi que nos últimos anos não fiz promessas, fiz propostas. Eu me propus fazer coisas, e fiz (como as aulas de batera). E essa fórmula tem dado certo, mesmo sem esperar a virada do ano; me propus frequentar a academia, fazer checkup e cuidar da saúde, e o estou fazendo. 

Minhas propostas para 2012 são simples. Quero retomar a frequencia do blog (não sei a partir de quando), e quero curtir um velho hobby meu junto à Marion, um hobby que abandonei por anos mas agora tenho condição de retomar: o ferreomodelismo. Sim, é um hobby familiar, embora não pareça. 

Desejos? Os melhores. Que tudo melhore, que tudo fique bem, que sejamos felizes com o que temos. E que curtamos nosso tempo, sempre.
Feliz 2012!








Christmas

O Natal está chegando, e com sua vinda a paisagem da cidade, das lojas e dos lares mudou. Vemos enfeites pendurados nas ruas, nas vitrines; bonecos enfeitados e muitas, muitas luzes penduradas dos lugares mais insólitos. Sem falar na árvore de Natal, lembrança de um inverno que nunca vimos em Dezembro por aqui.

As renas de arame agora fazem parte da fauna de todos os quintais, iluminadas ou não. Vizinhos concorrem sem se falar para ver quem coloca a cachoeira de lâmpadas mais espalhafatosa na janela, de preferência com musiquinhas sintéticas saindo de um chip chinês. Também tem as promoções nada baratas de doces e salgados, panetones com recheios incríveis e os tenders, que só lembram que a gente existe nesta época do ano.

A correria para encontrar presentes, as visitas aos shoppings desbordando gente pelas janelas, disputar um espaço no pátio de comidas entre compras e mais compras. A dificuldade em encontrar o presente certo, seja no tipo, número, grau... Faltou alguma coisa?

Faltou sim... O presépio, talvez a única lembrança do que significa esta data. Lembrança do que celebramos, por trás de toda a parafernália luminosa, dos enfeites, das comidas e os presentes. Casualmente ontem conversava sobre isso com o chefe dos garçons de um restaurante bem pertinho de casa, sobre como era diferente. Ele disse, "quando era criança era muito diferente. Natal era especial. Lembro que esperava o Natal com uma vontade danada, meu pai comprava refrigerante para a gente. É, só tinha refrigerante no Natal".

Hoje em dia, o Natal começa logo depois que passou o dia das crianças. Parece que no meio de Outubro as lojas se transformam, e os supermercados enchem de panetone, de frutas secas, e das cores verde, vermelho e dourado. Fica bonito, mas ficamos quase dois meses pré-festejando o Natal, e com isso quando finalmente chega a data já estamos enjoados de tanto panetone, tanto vermelho e tantas luzinhas.

Mesmo assim gosto muito de ver tudo enfeitado. É sim, acho bonito (pelo menos o que não cai na breguice). Mas o exagero acaba provocando o efeito contrário. É como tudo, questão de bom senso. Por isso, não fiquemos como meu amigo que ganhava refri somente no Natal, mas também não façamos do Natal um evento puramente pirotécnico. Lembremos da data, do que aconteceu, do por quê celebramos o Natal. E sim, vamos repetir o gesto dos Magos: darmos presentes a quem gostamos.

Sobre os presentes, sempre gostei de surpreender. Procuro ver o que presenteado gosta, e como dar alguma coisa que sei que vai gostar, mas que definitivamente não tinha pensado. Isso só se consegue com o convívio, seguindo as pessoas no dia-a-dia e ouvindo suas alegrias e problemas. É ótimo presentear. E lembremos do sábio comentário do Inodoro Pereira: "Só não façam como os Reis Magos, que foram dar Incenso e Mirra para uma criança... Criança leva tudo para a boca!"

Ótimo Natal para vocês!!

Amante fácil?

Como traduz de forma correta a expressão "Easy Lover"? Bom, mesmo ouvindo e fazendo ouvir meus vizinhos até o cansaço a música do Phil Collins, não cheguei a uma conclusão certa sobre o que quer dizer Easy Lover. Talvez seja alguma coisa como periguete, sei lá... Por isso, ainda bem que não dediquei a música para ninguém.

Seja como for, esta música acompanhou meu dia-a-dia nas últimas semanas, nos ensaios da apresentação da escola de música. A apresentação foi hoje, e para delirio dos/as fãs, o vídeo terminou de subir no Youtube alguns minutos atrás. Já tiveram oportunidade de me ver pilotando a bateria? Não? Sério? Bom, agora tem, apenas a um click de distância:



Obrigado a todos os que vieram, e obrigado a todos os que não puderam vir mas ficaram torcendo de longe.

Bom, não tem post épico hoje, mas creio que mereço meu descanso, não é?

Até o próximo post!